sábado, 21 de junho de 2008

D. Pedro I - Principe Regente Do Brasil


Dom Pedro I (1798 - 1834)

Nascido em Lisboa, em 12 de outubro de 1798, Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim de Bragança e Bourbon — seu nome de batismo — desembarcou em terras brasileiras aos nove anos de idade em companhia dos pais, D. João VI e Dona Carlota Joaquina, que haviam deixado Portugal, invadido por tropas francesas.

Com a ascensão de D. João VI a rei de Portugal, em 1816, Pedro recebeu o título de príncipe real e herdeiro do trono. Cinco anos mais tarde, a família real retornou a Portugal, e D. Pedro se tornou príncipe regente do Brasil.

Mas D. João VI exigiu que o filho voltasse a Lisboa. D. Pedro, apoiado pelo povo, quis ficar no país. A data de sua decisão — 9 de janeiro de 1822 — entrou para a história como o Dia do Fico. Nos meses seguintes, as relações entre a colônia e Portugal ficaram mais difíceis.

No dia 7 de setembro de 1822, durante uma viagem entre Santos e São Paulo, o príncipe regente foi comunicado de seu rebaixamento à posição de simples delegado de Portugal. Nesse dia, o Brasil viveu um dos dias mais importantes de sua história: às margens do rio Ipiranga, D. Pedro declarou a independência do Brasil. Foi coroado o primeiro imperador do país, sob eufórica aclamação popular.

No entanto, em 1824, D.Pedro I começou a tomar medidas que diminuíram a sua popularidade e provocaram divergências dentro do governo. Uma dessas medidas foi a criação do Conselho de Estado, cuja responsabilidade era criar a primeira constituição do Brasil.

Em 1826, com a morte de D. João VI, D. Pedro assumiu a coroa portuguesa. Mas essa atitude contrariava a constituição brasileira. Então, ele foi a Portugal e abdicou do trono em favor da filha Maria da Glória. De volta ao Brasil, teve de lidar com várias revoltas populares e com a falta de apoio entre seus ministros. Em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou ao trono brasileiro em favor de seu filho, Pedro II.

Na carta que enviou à Assembléia Geral, em que solicitava a nomeação do jovem príncipe regente, D. Pedro expressou suas saudades “que me atormentam, motivadas pela separação de meus caros filhos e da Pátria, que adoro”.

De volta a Portugal, lutou contra D. Miguel, que havia usurpado (tomado à força) o trono. Em 1834, derrotou o irmão e recolocou a filha no poder. Em 24 de setembro, apenas quatro dias após a coroação de Dona Maria II, morreu no Palácio Queluz, na mesma sala onde tinha nascido.

Portugal era o seu país, mas o Brasil, a sua pátria. D. Pedro I jamais escondeu seu amor pela colônia que ele transformou em nação. Em 1972, nos 150 anos da independência do Brasil, seus restos mortais foram colocados no Monumento do Ipiranga, em São Paulo.




Hino da Independência
Letra: Evaristo Ferreira da Veiga
Música: D. Pedro I

Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a Liberdade
No horizonte do Brasil.
Já raiou a Liberdade
No horizonte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

O real herdeiro augusto,
Conhecendo o engano vil,
Em despeito dos tiranos
Quis ficar no seu Brasil.
Em despeito dos tiranos
Quis ficar no seu Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Revoavam tristes sombras
Da cruel guerra civil,
Mas fugiam apressadas
Vendo o anjo do Brasil.
Mas fugiam apressadas
Vendo o anjo do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Mal soou na serra ao longe,
Nosso grito varonil,
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.
Nos imensos ombros logo
A cabeça ergue o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

***

Parabéns, ó brasileiros!
Já com garbo juvenil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Parabéns! Já somos livres!
Já pujante e senhoril
Brilha ao sol do Novo Mundo
O estandarte do Brasil.
Brilha ao sol do Novo Mundo
O estandarte do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Filhos, clama, caros filhos,
E depois de afrontas mil
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-nos o Brasil.
Que a vingar a negra injúria
Vem chamar-nos o Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.

Mostra Pedro à vossa frente
Alma intrépida e viril,
Tendes nele Digno Chefe
Deste Império do Brasil.
Tendes nele Digno Chefe
Deste Império do Brasil.

Brava gente brasileira!
Longe vá temor servil!
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar a Pátria livre,
Ou morrer pelo Brasil.


http://www.presidencia.gov.br/criancas/personalidades/personagens/dpedro/

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